domingo, 23 de agosto de 2009

“Mau Tempo no Anal – Diário de um paciente” de “André Moa”


Este diário é uma espécie de auto-retrato dos dias do paciente que foge à impaciência da circunstância.



Sem lamúrias, um testemunho roubado à respiração da esperança, sempre a caminho do estado positivo de “Ser”!...


Para todos os efeitos este seria um tempo de dias doídos, paridos sofrimentos das entranhas. Mas não é tanto que o André Moa revela-se Homem pouco dado a estabelecer relação de grandes amizades com esta doença que se lhe revela cruel mas em que ele manda no que tem a ver com a forma como o afecta.


Ele decide que não é “carcomido” por arrelias tumorais de Dona Próstata e/ou de Senhor Recto nem por maus fígados de ambos.


Está então decidido e rédeas tomadas ainda que custoso seja levar avante a intenção, inútil só em momentos poucos, que é forte o Homem e afoito ao que se nos revela.


Então dá-se a escrever como se de outro a que assistisse de fora ou de lado, mais de lado talvez, a par, pois a partilha é tão visceral que impossível seria dar-se sem que de dentro do próprio tudo acontecesse.


E fala-nos do suplício assumindo um invulgar tom de humor “satírico”. Tudo numa escrita quase quente e acolhedora como se o maior dos sofrimentos estivesse a ser assistido por exemplo num ecrã de televisão. Diz-nos do indizível para lá do que seria expectável que fosse dito. Ultrapassa-se, ultrapassa as expectativas, portanto.


Pelo meio fala-nos dos livros que lê ou se propõe ler ou ainda dos que já leu e de que se lembre por razões a que rouba exemplos que lhe ocorrem e associa à sua própria situação. Escreve nos seus próprios poemas as razões que atribui às emoções imediatas…


É de homem forte alma de poeta que nos fica esta experiência de vida que foi a doer mas que para nós passa como quase humor em auto-retrato. Agarra a esperança nos olhinhos abertos do neto pequenininho e a fé na força coragem que a si próprio arranca. Reabastece-se de energias na presença (mais ou menos) física dos Amigos que são bons, no atento tratamento que lhe é dado por médicos e todo o pessoal, enquanto internado, na partilha de sentires com a filha… no voo das andorinhas, no sol lá fora…


Recomenda-se portanto a todos esta obra porque a qualquer pode acontecer precisar da força deste relato para fabricar a magia necessária que seja suporte à anunciação de uma qualquer doença que em nós resolva instalar-se.

43 comentários:

antonior disse...

Começo por saudar este teu novo espaço e a tua coragem para o abrires. Refiro-me ao espírito com que decidiste para ti assumir a responsabilidade de manteres um espaço que te vai ser exigente em preparação, manutenção e gestão, para ser feito com o rigor a que te propões. Confesso não ter a capacidade de entrega ao espaço dos blogs que assim manifestas. Ainda que reconheça que é uma generosidade que fazes a quem o frequenta e a ti própria, como beneficiário da informação que irás colocar com o toque da tua personalidade, desde já te expresso o meu apreço.

Quanto ao livro que aqui comentas, poucas palavras direi. Apenas o que importa. O livro já cá anda por casa há algum tempo. O tempo em que o tens lido. Na verdade não tive sequer a curiosidade de lhe passar uma vista de olhos. Os tempos também não me permitem curiosidades. Tenho lido outras coisas. As rotinas dos jornais e das revistas de sempre. Os livros em “agenda” já há algum tempo, como outros já estão. Outros livros por acidente específico. Mas agora este livro do blogger André Moa vai merecer a minha atenção. O teu texto realizou essa decisão antes de chegar a meio caminho.

Beijinhos aqui do teu lado.

Osvaldo disse...

Maria;

Parabéns por este "desafio" a que te propões com este teu novo blog, pela seriedade do mesmo, e pelos temas literários que aqui irás expor.

Claro que sou suspeito para falar do meu "irmão" André Moa, nascidos na mesma terra, conhecedores na nossa infância, embora com uma diferença de dez anos (e dez centimetros), das mesmas ruas, meus becos, mesmas ruelas, mesmas quelhas e ambos sabemos o gosto que tem o pão que o diabo amassou...

Fiquei feliz de ver que inicias esta tua nova "empreitada" na blogosfera com o livro do Moa. Se para ele é uma honra, par mim é o orgulho de ser seu "irmão" e amigo e para ti a satisfação de saberes que estaremos aqui para te prestigiar nesta tua empreitada de humanismo e do amor que dispensas à literartura.

Maria, porque não vens connosco ao encontro do André Moa em Setembro?... Ele e todos nós, teus amigos, ficariamos felizes.

bjs, Maria,
Osvaldo

Maria disse...

Querida Girassol:

Belissima iniciativa.
Essa tua cabeça é uma caixinha de surpresas, assim como o teu coração é um tesouro.
Como eu gosto de ser tua amiga!
Beijinhos e parabéns.

Liliana Sampaio disse...

Adoro ler. Infelizmente, não tenho muito tempo para o fazer.
Felicito-a por este novo espaço, que irei, com toda a certeza, acompanhar. Gosto de ler opiniões acerca dos livros, mas não as que se prendem com termos técnicos e que analisam de tal modo a forma que nos deixam sem vontade para conhecer, de facto, o conteúdo. Por isso, parabéns. Esta primeira apresentação está muito bem conseguida e o livro de André Moa parece realmente merecer uma leitura. Fica em agenda.

De resto, continue. Ficarei atenta.

Um beijo

Laura disse...

Maria? besuguinha é o que é...Já me falaram do livro e de parte do seu conteúdo, ainda não o tenho, mas um dia quem sabe...sei que fala da coragem dele frente a tanta luta contra a doença, mas, onde irá o Moa buscar tanta força e coragem?
Saberei isso quando o olhar nos olhos, no encontro de que fala o nosso amigo Osvaldo e o encontro anunciado no blogue do Kim, também, onde temos uma foto abraçados, ah, foi isso que te falei no meu blogue, para ires a esse encontro, conhecia-mo-nos, abraçavamo-nos, aquele abraço tão esperado e, há passeio e coisas boas..Faz por siso ó besuguinha, incentiva o Pintor...
Beijinho da Laura..

Lídia Borges disse...

Obrigada por este novo espaço onde posso, sem muito esforço, ter acesso a uma opinião sobre livros. O de hoje, ainda não li, mas já cá ficou o "bichinho" da curiosidade a mexer.


Um beijo

Ricardo e Regina Calmon disse...

Perecbi Maria a ti de girassol chamar e amei,é isso aí,voce é nosso girassol,empreitada de blog esse,cest parfait!
Juntos sempre estaremos Maria Besuga!
Não estou conseguindo seguidor seu ser,feliz ficaria!
Te abraço e referndo!

Viva Vida!

Mar Arável disse...

Por si recomendado

obviamente

vou ler

Estarei no seu espaço

dade amorim disse...

Uma iniciativa excelente, Maria.
É importante serviço prestado à prática da leitura, que pessoas como tu se proponham a se expressar, de maneira assim competente e esclarecedora, a respeito dos livros que - ai de nós! - nem sempre temos tempo de ler com a devida atenção.
Um ótimo blog.
Obrigada por tua presença, muito bem-vinda.

Beijos e muito sucesso.

Canto da Carlota disse...

Maria

A forma como expões os livros mesmo que eles não sejam da nossa apreciação...deixa qq um com vontade de os ler!!!

Tens o dom da palavra!!!

mariabesuga disse...

ANTONIOR

Pois este espaço acontece para dar cumprimento a mais uma das coisas que gosto de fazer. Ao ler sempre vou tecendo considerações acerca da obra. Assim, partilho esse sentir e pode até ser que sirva de sugestão de leitura para quem aqui vem.

Assim sendo nem se torna uma grande tarefa se bem que preciso trabalhar melhor o que escrevo sendo para expor aqui. Mas “quem corre por gosto,,,”

De resto fazes bem dedicares-te um bocadinho a este livro do Moa pois está cheinho de positivismo. O dele numa situação daquelas em que se perde a esperança e vai por água abaixo o esforço para se manter a serenidade. Ele não deixou que isso lhe acontecesse e passa-nos essa mensagem.

Beijinhos também aqui da cadeira do lado.

mariabesuga disse...

OSVALDO

Muito obrigada Osvaldo por estas tuas palavras que são o incentivo preciso.

Sabes que gosto de escrever acerca dos livros que leio, acerca do que observo, do que vivo. Faço-o mais em forma de poesia como no primeiro blog se constata mas também em pequenas “crónicas”, como que só excertos ou passagens de memória do quotidiano. São formas de expressar o que nem sempre é fácil em palavras ditas. Para mim sempre foi mais fácil escrever…

Uma vez mais obrigada Osvaldo. Espero que o Moa não ache muito pretensioso da minha parte. Afinal isto mais não é que um exercício por conta própria, minha e dos meus sentidos…

Um beijinho para ti e também para a tua Ana

(A Tabuaço não conseguimos mesmo ir. O meu marido está começando novo projecto mais exigente que os anteriores e quando estes processos começam… é para esquecer quase tudo o resto.
Teremos oportunidade de nos conhecermos e partilharmos um abraço de Amigos.)

mariabesuga disse...

MARIA

Obrigada Maria pela doçura nas palavras que são de motivação e conforto a um tempo só.

Eu também sinto a felicidade de sermos amigas e isso é muito bom.

Beijinho e aquele abraço para ti e para o teu João.

mariabesuga disse...

LILIANA

Ninguém que goste muito de ler tem o tempo que gostaria para o fazer.

O livro do André Moa inspirou-me muito pela força que transmite. Ele dá uma volta que poucos, muito poucos, conseguem para se engordar de esperança e de fé e de sentimentos positivos no combate a uma doença que mais que qualquer outra mina tanto mais quanto mais nos deixemos agarrar pelo desespero.
Ele não o deixa instalar-se, ao desespero.

Obrigada Liliana por estar atenta e espero que “agarre” uma ou outra sugestão das que por aqui passarem.

Um beijinho

mariabesuga disse...

LAURA

Pois Laurinha espero que tenhas oportunidade de ler o livro assim como terás de conhecer o autor em pouquíssimo tempo. Dá-lhe um abraço meu por favor.

O Moa revela precisamente um espírito de Homem forte e corajoso que enfrenta esta doença de uma forma directa, olhos nos olhos sem se deixar afectar pelo poder da dita que a pouco e pouco vai baixando os braços dando-lhe a ele espaço para se ir recompondo e sair mais forte na Fé que o suportou.

Daremos o abraço anunciado quando for possível que não desta vez em Tabuaço, Laurinha

Beijinho

mariabesuga disse...

LÍDIA BORGES

Pois, Lídia, este livro “ensina-nos” do que se sofre mas na condição de alguém que acertou consigo próprio a disposição de não se deixar vencer.
De como decorre um processo de doença temos noção mais ou menos lúcida e realista. Mas de como se atravessam esses processos com esta força de quem decide que não vai deixar-se “apanhar”, poucos o dizem até porque não muitos permitem que se lhes instale esta força e Fé que lhe nasce da generosidade dos sentidos.

Beijinho Lídia e conto com a sua curiosodade.

mariabesuga disse...

RICARDO CALMON

Pois ainda bem que percebeu o mau chamado e correspondeu, Ricardo.

Obrigada pelo incentivo nas palavras. Incentivo e força.

Um abraço de volta e…

Viva a Vida, Ricardo!!!...
Viva a vida sim e tudo o que ela tem de tão bonito.

(para ser seguidor Ricardo só no primeiro blog para não se tornar tudo muito confuso e disperso. Faça sua aderência.)

mariabesuga disse...

MAR ARÁVEL

Bom, que incentivo!!!

Conto com a sua presença atenta por aqui então.

Um abraço
Obrigada!

mariabesuga disse...

DADE AMORIM

A iniciativa visa cumprir um gosto meu e servir de motivação a novas leituras para os atentos a este meu novo espaço.

Não tenciono falar de livros já muito falados e divulgados até porque na maioria não fazem as minhas opções de leitura. É dessas minhas opções que aqui vou dando nota. O que já li e o que vou lendo.

Um beijo e Obrigada pela sua presença atenta.

mariabesuga disse...

CANTO DA CARLOTA

Pois é essa a ideia, Carla. Fazer passar a vontade de ler. Neste caso acho que mesmo necessidade como digo no último parágrafo.

“(…) porque a qualquer pode acontecer precisar da força deste relato para fabricar a magia necessária que seja suporte à anunciação de uma qualquer doença que em nós resolva instalar-se.”

É de esperança na força do autor o conteúdo desta obra.

São de incentivo e motivação e força para mim as tuas palavras.
Obrigada
Beijinho

maré disse...

há depoimentos que são uma verdadeira fortaleza.

se o encontrar.

beijo

mariabesuga disse...

MARÉ

Este depoimento do André Moa é sem dúvida isso tudo, Maré. É de uma coragem que nos ultrapassa.

Para encontrar basta que peças numa livraria. Eu pedi na "minha livraria" aqui nas Caldas e foi fácil.

Obrigada
Um beijo

a d´almeida nunes disse...

Mariabesuga

Claro que tinha que aqui vir seguindo o link da anotação (post; hoje pus-me a reler um livro que comprei h+a um ano ou mais sobre blogues...) e ainda bem.

Este sítio parece-me bem que vai ser de nuita procura. Por acaso até me veio dar mais ânimo para continuar com um projecto, simples e modesto, mas que pode ser que venha a ter interesse para outros que não só para mim.
Ando às voltas com a organização de uma base de dados, num blogue, dos livros da minha biblioteca.
Só que são uma quantidade razoável de livros e não sei se terei tempo e paciência para levar a obra até ao fim.
Incentivos já há.

Um abraço
António

Graça disse...

Maria,

Gosto deste teu espaço, assim para começar :)! Já li o livro e gostei bastante, curiosamente foi-me recomendado por uma amiga de um blogue também.

Quanto ao "Morte na Picada", do queridíssimo Antunes Ferreira, devorei e adorei. Esse foi-me recomendado pelo próprio, no seu modo único e extraordinário.

Vou esperar por mais.

Um beijo meu.

mariabesuga disse...

AS-NUNES

António bom dia

Ora aí está cumprido um objectivo que nem sequer estava nos planos do projecto. O incentivo para catalogar e organizar a sua biblioteca. Catalogada e divulgada que esteja há-de servir de motivação sim, António. Outros se inspirarão e sentirão apelo para ler alguns dos livros que divulgue.
Eu quando comecei este pensei fazê-lo pelo meu gosto mas também achando que mesmo que só uma pessoa se motivasse a ler algum dos livros de que vou falando, já não é mau. Claro que queremos sempre ir um nadinha mais adiante.

Obrigada António e fico à espera então da divulgação da sua biblioteca. E nada de começar projectos deixando que se instale a dúvida acerca da capacidade ou tempo para acabá-los. Disso só mesmo o tempo dirá...

Um abraço
Obrigada

mariabesuga disse...

GRAÇA

Ora ainda bem que, já tendo lido, gostaste. É uma expressão de ânimo, força, fé e coragem, não é?...

O do Antunes Ferreira está "na calha"... Vieram os dois ao mesmo tempo e calhou assim. Estou a acabar de o ler...

... e estou escrevendo também sobre outros que já li...

Haverá sempre mais, Graça.

Obrigada
Um beijinho para ti.

Kim disse...

Olá Maribel!
Estou quase de volta e logo dou de caras com o livro do Moa, que foi um dos três, que levei para férias.
Impressionou-me sobrteudo a capacidade que ele tinha de transformar a dor dum puxão de algália num pensamento positivo para o minuto seguinte. A morte foi algo que nunca fez parte das suas certezas. Admiro tamanha tenacidade.
Brevemente (dia 18 Setembro) irei conhecê-lo pessoalmente e espero encontrar-te (vos) por lá.
Um beijinho grande de quem acabou de chegar de Alpedrinha.

Sofá Amarelo disse...

E é tão importante tomarmos contacto com testemunhos de pessoas que passaram por circunstâncias que muitas vezes nós nem sequer nos preocupamos.

E haja quem divulgue aquilo que deveria ser muito divulgado mas infelizmente está longe dos lobbies editoriais. Obrigado por esta sugestão, estarei atento a tudo o que se diz e que se vá dizer por aqui.

Um beijinho grande!!! Boa semana!!!

mariabesuga disse...

KIM

Essa capacidade de que falas foi uma das particularidades que mais me emocionou. Há uma força e Fé na vida incríveis, como pouco se vê em pessoas nestas circunstâncias.
Não conheço o Moa mas fiquei a admirá-lo por isso. Quando lhe deres um abraço lá em Tabuaço lembra-te de mim e duplica-o, ao abraço, por mim.

Nós não podemos ir. Doutra vez nos encontraremos. Aquela sardinhada para lembrar o Raul pode acontecer um dia destes. E, como dizes ao meu marido, hás-de vir cá um dia destes… Pois combinamos lá mais para a frente, depois de Tabuaço, e aí contas-nos como foi o encontro. Haverá outras oportunidades para estarmos todos.

Esse beijinho grande já me sabe bem por te sentir Amigo… então chegado de Alpedrinha… tanto melhor.
Alpedrinha é uma terra lindíssima de que guardo memória de momentos bonitos com pessoas bonitas de lá que nos fazem sentir bem. Ao ir a primeira vez senti que era lugar onde viveria sem a menor dificuldade.

Um beijinho Kim
Obrigada.

mariabesuga disse...

SOFÁ AMARELO

É precisamente de livros que circulem fora dos lobbies editoriais, não muito mediáticos, que pretendo falar aqui. Até porque normalmente as minhas leituras andam mais por opções desse género. Não é por nada, mas quando toda a gente fala e todos vão a correr ler e tal… desmotivo-me um bocado. Deve ser aquela cena de não gostar de embarcar na onda… Gosto de sentir por mim… e no que é muito comercial às vezes misturam-se os interesses…

Enfim… haverá de tudo mas seguindo as minhas opções.

Neste caso interessou-me o testemunho em tempo real de um homem que se calhar nem ele próprio sabia que tinha dentro esta força toda para passar por isto… ultrapassar tudo e ainda nos repassar o relatório em jeito de diário, assim desta maneira…

Beijinho grande, Alexandre e desejo os teus dias felizes…
Obrigada.

Andre Moa disse...

Caríssima Maria,
Coração de Besuguinha,
Mente de uma senhora Besuga,
Mulher de corpo inteiro (corpo, alma e divindade),
Queridíssima amiga:

Acabadinho de chegar de uns dias de um dolce fare niente, longe de tudo e de todos, nomeadamente do computador, até para ver se me livrava destas dores de costas que, finalmente, esão a começar a abrandar,vim encontrar na minha caixa de correio electrónico o seu amável e-mail, a anunciar-me uma recensão sobre o meu mais recente livro MAU TEMPO NO ANAL-DIÁRIO DE UM PACIENTE.
Admnirado, surpreso, curioso, cá vim eu, a correr, até ao seu blogue. Ainda estou de boca aberta, por certo a fazer figura de urso (o que vale é que estou só), com cara de parvo (aparvalhado como estou, não admira) que nem boi a olhar para um palácio. Um palácio feito de saberes, de sabores mil, de palavras lindas, animadoras, capazes de fazer ressuscitar um morto, quanto mais a mim que sou o contemplado por elas e tenazmente se agarra à vida que nem lapa à rocha, palavras de ternura, solidariedade, amizade e exaltação do Diário de um paciente. Não tenho palavras para definir e enaltecer o seu gesto e o seu belíssimo texto. Só não adjectivo mais, por ser o visado, logo altamente suspeito. Apenas direi que gostei muito, que muito me sensibilizou, quer com a recensão, quer com os vários comentários e as suas respostas aos comentários. Como mais não consigo dizer e não posso abusar, que as costas já me estão a doer para além do razoável, apenas lhe deixo um grande bem-haja e um pedido: posso transcrever tudo isso tão lindo com que me brindou no meu blogue, para deleite dos que nele me visitam?
Um beijo repleto de gratidão e admiração.
André Moa

mariabesuga disse...

ANDRÉ MOA

Ora coração derretido o seu ao que entendo de ser mesmo assim que não somente desses dias descansativos que normalmente tão bem fazem a corpo e alma que ficamos até mais complacentes no trato. Qualidade que sem nos darmos conta se nos vai desgastando no decorrer do cansaço de todos os dias.

Obrigada pelas suas palavras mas por favor não me agradeça. Como expliquei gosto de ao ler um livro ir tomando notas à margem e portanto é um trabalho gratificante este de escrever acerca de obras lidas.

O seu livro interessou-me por tudo o que digo e se resume no testemunho e na coragem de o transcrever podendo servir de elemento força para quem passar pela mesma angustiante situação fazendo que se torne um pouco menos. Compartilhar o sofrimento une as pessoas e minora o sofrimento de cada um pela partilha com o outro.

Eu entendo as coisas assim. É bom partilhar a alegria e é preciso por igualmente bom partilhar a tristeza e os males que nos afectam. Precisamos da ajuda do outro e é nos momentos maus que melhor a sentimos.
O seu livro fez-me sentir tudo isto mais ainda e isso é o que eu lhe agradeço.

Obrigada portanto e um beijinho
Maria Besuga

vieira calado disse...

Olá, amiga!

Com todo o gosto, acabo de colocar
o seu selo, no meu blog.

Bjs

mariabesuga disse...

VIEIRA CALADO

Blog ao lado meu amigo mas cá fica a nota de aceitação do selo que lhe atribuí.

Beijinhos
Dias Felizes!...

Je Vois La Vie en Vert disse...

Recebi este livro das próprias mãos do André Moa e tive o prazer de conhecê-lo realmente e não virtualmente , ouvi-o cantar sozinho ou comigo, ouvi -o recitar, ouvi-o falar, ouvi-o brincar, vi-o andar, dançar e mesmo sofrer mas sempre com um sorriso encantador- Estou ansiosa por ler o seu livro bem como as poesias do livro "O Espirito das Águas!
Mesmo antes de o ler, tenho a certeza que vale a pena ser referido !

Beijinhos

Verdinha

Zé do Cão disse...

Sou em Zé feliz, por ter encontrado tanta gente boa nas andanças pela net.
E sofro quando tenho conhecimento das maleitas que os apoquentam. Pelo que tenho lido André Moa, é de uma ternura comovente.
Merece e vai ter melhor sorte.

DE-PROPOSITO disse...

Recomenda-se portanto a todos esta obra
----------
Muitas obras há que são interessantes. É claro tudo depende do prisma com que cada um vê as coisas.
---------
Fica bem.
E a felicidade por aí.
Manuel

mariabesuga disse...

JE VOIS LA VIE EN VERT

Pois sorte a tua Verdinha teres conhecido pessoalmente o Moa. Hei-de conhecê-lo também qualquer dia, acredito. Não conheço ainda o “Espírito das águas”.

Quanto a valer a pena ser referido, eu entendi que sim pela experiência que passa no que tem a ver com a forma como de coragem se fez dando a volta a este tormento de doença. Respeitando-a mas fazendo-lhe frente.
Sabes que a tendência é para se ser derrotista. Gostei de sentir a forma como o Moa relatou o esforço nos dias vividos no cenário em que se desenrolou a cena em que foi actor principal.

Beijinho a ti Verdinha que hoje cumpres mais um aniversário.
Obrigada

mariabesuga disse...

DE PROPÓSITO

Manuel, obrigada pela vinda a este meu lugar de reflexão acerca dos livros que leio.

Depende do prisma e dos sentidos e da circunstância e de tanta coisa querermos ler esta ou aquela obra… No caso deste livro motivou-me o espírito anunciado de positivismo na relação com uma doença dramática, ou pode ser na sua consequência mais radical.

Um beijinho Manuel
Que a felicidade reine em todos nós que bem precisamos…

mariabesuga disse...

ZÉ DO CÃO

Olha Zé do cão ficaste para o fim mas garanto que não foi de propósito só que escapaste à rede da passagem…

Esperemos pois que o André Moa tenha a sorte de ter ultrapassado estas maleitas de que nos faz relato. O caminho dele é o da esperança, logo o objectivo é a vitória.

Bom partilhar o teu sentido de felicidade na preocupação com os amigos.

Beijinhos Zé

Anónimo disse...

amei se blog maria....agradeço sua visita...volte sempre

beijos...m@ria

mariabesuga disse...

MALU

Muito obrigada por suas palavras de apreço por este espaço que fica à sua disposição...

Um beijo

Andre Moa disse...

Cara Maria Besuga,
Vim aqui por necessidade de conviver com o mundo através de ti(de si?), depois de uns dias para o fracalhote e que me tiraram todo o ânimo para fazer fosse o que fosse. NEM AO MEU BLOGUE TENHO IDO. E JÁ LÁ VÃO UNS BONS PARES DE DIAS. Efeitos, julgo, do cansaço provocado pela ida a Tabuaço. Gostei tanto que me excedi e agora estou a pagar a factura corporal, ainda que de alma a transbordar de contentamento.
Nunca pensei que o meu livro viesse a receber tantos e tais encómios. Muito obrigado, uma vez mais à Maria e a todos os seus comentaristas, nomeadamente à Verdinha a quem aproveito para saudar e lhe devolver as palavras elogiosas.
Abreijos
André Moa